Campeão olímpico cumpriu todos os objetivos planejados para a temporada, com pódios em todas as competições que disputou, notas altas e a medalha de prata em Doha, na principal disputa do ano
São Caetano do Sul – O ginasta Arthur Zanetti cumpriu os objetivos programados para a temporada 2018, o principal deles a volta ao pódio em um Mundial – o sétimo de sua carreira. Conquistou medalhas em todas as competições que disputou – DTB Cup, Jogos Sul-Americanos, Brasileiro Adulto, Brasileiro de Especialistas – e no Mundial de Doha, no Catar, com a prata (nota 15.100). Aos 28 anos, continua como o principal ginasta do Brasil e mostra que pode disputar os Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020, brigando por mais uma medalha – tem o ouro de Londres/2012 e a prata do Rio/2016.
Arthur Zanetti fecha o ano recebendo o Prêmio Brasil Olímpico como o melhor ginasta do Brasil em 2018. “Fui ao pódio em todas as competições que fiz e com notas crescentes. No início de 2018 as notas estavam um pouco mais baixas, o que é normal, e conforme o tempo foi passando foram aumentando. Era o objetivo. Foi um ano muito bom. Começou com a DTB, fomos muito bem por equipe, com pódio – ficamos próximos da Rússia, com o time principal deles -, o que foi bom para demonstrar que o Brasil consegue fazer o seu papel. Nos Brasileiros, consegui ajudar a equipe de São Caetano e ter meus resultados individuais. Teve os Jogos Sul-Americanos, com a seleção do COB, com bom resultado por equipe e ouro nas argolas”, avaliou Arthur.
O ginasta comentou que antes do Mundial de Doha, no Catar, em outubro e novembro, a competição principal do ano, teve de enfrentar uma lesão no bíceps do braço direito. “Me deixou um mês parado, mas consegui me recuperar e, no Mundial, fazer classificatória, final por equipe… isto foi me dando segurança para chegar na final e fazer uma prova que achei perfeita, que gostei demais. Consegui trazer essa medalha para o Brasil, além de ajudar a classificar a equipe entre os top 8, que era o objetivo da seleção masculina.”
Arthur disse que quer fechar sua carreira, quando chegar a hora, no topo. “Em 2019 a coisa fica ainda mais séria – define a vida de todo mundo – e a equipe do Brasil deve trabalhar muito duro para ficar entre os oito e conseguir a vaga olímpica no Mundial. É o grande objetivo, mas eu também quero ter o meu resultado individual e meu objetivo é conseguir uma medalha nas argolas com uma série nova. Isto pensando em Tóquio. Tem o Pan também, que é uma boa competição, com boa visibilidade aqui no Brasil, mas o principal é o Mundial Pré-Olímpico (em Stuttgart, Alemanha), onde estarão em disputa as vagas por equipe, a cereja do bolo do esporte olímpico.”
O tom na campanha para os Jogos de Tóquio/2020 será o mesmo que o do último ciclo olímpico. “Um 2019 focado na equipe, na vaga olímpica. Igual ao que fizemos para os Jogos de 2016. Focamos em 2014 na final por equipes e vimos que era possível. Repetimos isso em 2015 para em 2016 priorizar os especialistas, lógico que também pensando na equipe, mas de olho nas medalhas. Tivemos mais quantidade de atletas e mais resultados”, resumiu Arthur.
O técnico Marcos Goto observou que apesar de ter dado tudo certo houve momentos de tensão na temporada. “O primeiro semestre foi tranquilo. O mais complicado foi o segundo semestre, em que Arthur teve a lesão, depois do Brasileiro de Especialistas, muito próximo ao Mundial. Ficamos num desespero para conseguir fazer com que ele se recuperasse e pudesse competir bem. Esta foi, sem dúvida, a parte mais difícil”, disse Marcos Goto. “No primeiro semestre tivemos a DTB Cup, muito boa, com resultado expressivo e depois os Brasileiros, por Equipe e Especialistas. Até aí foi muito bom. Mas a lesão um mês e meio antes do Mundial complicou.”
Com relação ao 7º lugar da ginástica masculina do Brasil, por equipe, no Mundial, Marcos Goto disse que o objetivo foi alcançado. “Todos os objetivos do ano foram alcançados, tanto com Arthur, que voltou ao pódio de um Mundial, como com a seleção, que foi top 8. Em 2019, para o Arthur, temos algumas etapas de Copa do Mundo em vista, depois teremos o Nacional, de avaliação, e o Mundial Pré-Olímpico – o grande objetivo é o Brasil ficar entre os nove primeiros e garantir a vaga olímpica por equipe. Por enquanto, está indo tudo bem, dentro do planejado. Se mantivermos esta posição – top 8 – no Mundial do ano que vem acho que este tem de ser o objetivo para a Olimpíada também. E priorizar finais, com os atletas que tiverem maior possibilidade de finais.”
O ano de Arthur Zanetti
Janeiro/2018 – Treinos unificados com a seleção brasileira: ginastas adultos e juvenis participam de camping de preparação para a temporada. Arthur Zanetti é exemplo para os mais jovens.
Março/2018 – Na DTB-Pokal, em Stuttgart, foi o 1º nas argolas, 2º no salto e 3º no solo; seleção brasileira ganha prata e melhora resultado em relação a 2016 (3ª colocada).
Maio/2018 – Nos Jogos Sul-Americanos de Cochabamba (BOL), conquista três ouros, por equipe, nas argolas e no salto.
Julho/2018 – Recebe título de Cidadão Emérito de São Caetano, na Câmara Municipal, cidade onde nasceu e treina desde os 7 anos (SERC/Santa Maria é o seu clube).
Agosto/2018 – No Campeonato Brasileiro de Especialistas de Ginástica Artística, na Arena Santos, tem excelente performance: ouro nas argolas e no solo, bronze no salto.
Agosto/2018 – Na decisão por equipe do Campeonato Brasileiro Adulto o SERC/Santa Maria fica com a medalha de bronze.
Outubro/2018 – No Mundial de Doha, Catar, fez argolas (15.033), salto (13.633) e solo (13.866) na disputa por equipes e ajudou na conquista do 7º lugar; em 2019, grupo briga por vaga olímpica em Stuttgart.
Novembro/2018 – Conquista da medalha de prata nas argolas (a quarta medalha em sete Mundiais disputados) no 48º Mundial de Ginástica Artística, em Doha (Catar), com a nota 15.100.
Arthur Zanetti é atleta da SERC/São Caetano, tem patrocínio da adidas, Caixa, FAB e Bolsa Atleta/Ministério do Esporte e apoio da Spieth e Eurotramp.
Saiba mais: www.facebook.com/ArthurZanettiOficial e https://instagram.com/arthurzanetti.