Novo ciclo olímpico, que vai terminar em Tóquio/2020, começa com mudanças no código de pontuação da ginástica artística e nas regras de classificação para a Olimpíada. A principal competição será de 2 a 8 de outubro, no Canadá.
São Caetano do Sul – Arthur Zanetti, campeão olímpico, mundial e pan-americano nas argolas, e que conquistou a sua segunda medalha olímpica, a prata, nos Jogos do Rio em 2016, inicia o novo ciclo até os Jogos de Tóquio, em 2020, focado na preparação para o 47º Mundial de Ginástica Artística de Montreal, no Canadá, de 2 a 8 de outubro.
Informações sobre o Mundial de Montreal
O técnico Marcos Goto, que conduziu Arthur a duas medalhas olímpicas, observa que neste primeiro ano do novo ciclo olímpico, a ginástica artística masculina do Brasil terá de enfrentar o fato de vários ginastas estarem voltando de lesões, de cirurgias, como o próprio Arthur, operado do ombro esquerdo (rompimento de tendão no manguito rotador), assim que acabou a Olimpíada, em agosto de 2016. “Ajuda o fato de as principais competições, nacionais e internacionais, serem no segundo semestre, dá tempo de a maioria dos ginastas se recuperar. E vai ser bom começar o ciclo com todo mundo zerado”, afirma Marcos Goto.
O mundo todo e Arthur Zanetti também terão de se adaptar ao novo código de pontuação da Federação Internacional de Ginástica. O técnico Marcos Goto disse que as primeiras etapas da Copa do Mundo, já realizadas e as que virão em março, em Baku (AZE) e Doha (CAT), com o novo código, vão ditar a temporada. “Essas competições acontecendo, a gente vai olhando de fora e entendendo como vai reagir o mundo da ginástica ao código novo”, frisa Marcos Goto.
Na programação do Arthur até o Mundial deve entrar a disputa de duas etapas da Copa do Mundo, por aparelhos, antes do Mundial, como preparação.
O objetivo do Arthur para o Mundial de 2017 é estar na final das argolas, apesar de saber que enfrentará grande competitividade, como nos Jogos Olímpicos, e esta será sua primeira temporada pós-cirurgia. Arthur está recuperado fisicamente e já investe na preparação de sua série. “O código de pontuação mudou e a ginástica mundial ainda precisa se adaptar. É o que estou fazendo: treinando para isso. Estamos fazendo alguns elementos novos, mas ainda sem nenhuma cobrança. Quero competir, ir a uma final, mas prefiro não garantir se vai ter uma medalha ou não. Todos os ginastas que forem à final podem brigar pela medalha”, observa Arthur.
Para os Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020, Arthur espera estar em sua melhor forma, aos 30 anos, principalmente em relação a força, requisito para ser competente nas argolas. “O pico de força do homem é nesta idade e vou trabalhar para estar no meu melhor e trazer mais um resultado para o Brasil.”
“O objetivo está no Mundial de Montreal. Vamos fixar objetivos ano a ano, até 2020 e os Jogos Olímpicos de Tóquio. O Mundial de 2017 é por aparelhos e individual geral – não será um Mundial por equipe. Então, vamos prepará-lo para ir à final das argolas”, acentua Marcos Goto.
O treinador observa que o Mundial de 2018 será por equipe e classificatório para o Mundial de 2019. No novo ciclo mudaram as regras de qualificação segundo o treinador. “O Mundial de 2018 será classificatório por equipe. As três primeiras equipes em 2018 garantem vaga para a Olimpíada. No Mundial de 2019, as nove primeiras equipes garantem suas vagas. As Copas do Mundo, por ranking, também passarão a valer vaga olímpica. Em 2020, o campeão do circuito de Copas do Mundo terá vaga para a Olimpíada, só o campeão, um por País. Também no individual geral. O País tem possibilidade de levar até seis ginastas para a Olimpíada, quatro na equipe, um no individual geral e um em qualquer aparelho (fora da equipe, vaga nominal).”
Arthur Zanetti é atleta da SERC/Agith/São Caetano, tem patrocínio da Caixa, adidas, e apoio da FAB, Spieth, Eurotramp, COB, CBG e Bolsa Atleta/Ministério do Esporte.
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