O ginasta campeão olímpico, mundial e pan-americano inicia no Catar a disputa pela qualificação nesta sexta-feira (26/10): vai fazer argolas, solo e salto
São Caetano – O campeão olímpico nas argolas, Arthur Zanetti, treinou também solo e salto após a medalha de prata nos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016. Apresentou evolução nos dois aparelhos e quer liderar o Brasil para o melhor resultado possível em equipe no 48º Mundial de Ginástica Artística de Doha, Catar. A competição, no Aspire Dome, tem início nesta quinta-feira (25/10/2018), e prossegue até o dia 3 de novembro. O Brasil está na subdivisão 10, a última a se apresentar na qualificação, nesta sexta-feira (26/10).
A competição mais importante do ano reúne 22 campeões olímpicos e mundiais de 13 nações diferentes, entre eles o brasileiro Arthur Zanetti, que disputará o sétimo mundial de sua carreira. Competiu os Mundiais de 2007, 2011, 2013, 2014, 2015 e 2017. Tem três medalhas em Mundiais nas argolas, ouro na Antuérpia/2013, prata em Nanning/2014 e Tóquio/2011.
Por equipe, estão em jogo três vagas para a Olimpíada de Tóquio/2020, para os países primeiros colocados. A melhor posição do Brasil é o 6º lugar do Mundial de 2014. O time quer ficar entre os 8 primeiros, no mínimo entre os 12 e figurar entre os top 24, requisito para se qualificar para o Mundial Pré-Olímpico de 2019 quando estarão em disputa mais 9 vagas olímpicas por equipes. “Quanto mais ginastas tivermos na equipe, como foi no Rio/2016 com um time completo, melhores as chances de medalhas. No Rio, levamos três”, observa Zanetti.
O programa e os resultados do Mundial podem ser acompanhados no site da Federação Internacional de Ginástica (FIG): https://goo.gl/AVH2UE
“Vou fazer meu máximo no solo para tentar ir a uma final, mas é difícil. Salto acho um pouco mais complicado por causa do grau de dificuldade ser bem maior entre os especialistas que fazem o aparelho. Acho que estou mais completo. Posso dizer que agora eu consigo ajudar um pouquinho mais a equipe. Final é difícil porque são vários especialistas de solo e salto no Mundial – acho que minha nota não é suficiente, mas ajuda a equipe”, afirma Arthur.
“A série de solo do Arthur deu uma boa melhorada, está mais constante, deu para ver no Brasileiro. Hoje ele também tem dois saltos para competir – vamos avaliar se compensa fazer os dois no Mundial ou não. Ele chegou muito bem no Brasileiro, mas ficou três semanas sem treinar direito após a competição por causa da lesão no bíceps, retomou, mas devagar, para não correr o risco de lesionar novamente”, diz o técnico Marcos Goto, que treina o campeão olímpico há quase 20 anos – desde que Arthur tinha 9 anos -, no mesmo clube, a SERC/Santa Maria, em São Caetano do Sul.
Para a seleção, o Brasileiro de Especialistas realizado em agosto, em Santos, é o parâmetro. Arthur é o brasileiro mais bem qualificado nas argolas (nota 15.350, com ouro) e no solo (levou o ouro também com 14.550) e tem a segunda melhor nota do salto (14.466 – Caio Souza lidera com 14.633). Além de Arthur Zanetti e Caio Souza, a seleção ainda tem Arthur Nory, Francisco Barreto, Lucas Bittencourt e Leonardo Souza.
Arthur busca a final de argolas apesar de sua preparação ter sido atrapalhada pela lesão no bíceps (estiramento do músculo), no braço direito, que o tirou dos treinos por quase um mês, em setembro. “Eu vim me recuperando. No camping da seleção no Rio eu já estava me sentindo bem e aqui, em Doha, trabalhei para estar na melhor condição possível. Atrapalhou sim a minha preparação porque fiquei praticamente um mês sem fazer os aparelhos e isso quebrou minha preparação – ia lapidar os elementos quando veio a lesão”, comentou.
Arthur Zanetti é atleta da SERC/São Caetano, tem patrocínio da adidas, Caixa, FAB e Bolsa Atleta/Ministério do Esporte e apoio da Spieth e Eurotramp.
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